Lançada em 10 de dezembro de 2025, “Rei Tuê” marca o retorno explosivo de Matuê no álbum XTRANHO, reafirmando seu domínio no trap brasileiro.
A faixa mistura espiritualidade, caos, ego, vícios e destino — temas recorrentes no universo do artista — e aprofunda a construção do personagem “Tuê”, um alter ego poderoso que simboliza sucesso, superação e grandeza.
Se você quer entender o que significa “Rei Tuê”, como interpretar seus versos mais densos e quais metáforas Matuê usa para contar sua história, este artigo foi feito para você.
Análise e explicação dos trechos
**“Tô com a chave na mão, chamando atenção, voando há dias. Eu nunca quis essa grana, babe, ela que me queria”**
Aqui, Matuê usa a imagem da chave como símbolo de poder e acesso a lugares antes impossíveis.
A metáfora “a grana que me queria” mostra um ponto importante: segundo ele, o sucesso foi inevitável, quase como se tivesse sido escolhido, não o contrário.
É um verso sobre destino, mérito e inevitabilidade.
“Tô na desgraça, fumando salada, diamantes dançando no meu–”
“Fumando salada” é gíria para mistura de várias drogas.
Ao mesmo tempo, “diamantes dançando” indica ostentação e riqueza.
Esse contraste entre autodestruição e luxo reforça o tema central da música:
a vida caótica que acompanha o sucesso.
**“Eu nunca quis essa vida louca, mano, foi ela que me queria
Eu nunca quis esse Rollie, mas ele era meu e eu não sabia”**
Aqui, ele reforça a ideia de predestinação.
O “Rollie” (Rolex) simboliza status e ascensão.
Matuê narra que não buscou isso desesperadamente — mas que o caminho dele levou até lá de qualquer forma.
É um verso sobre propósito e sobre como o destino se impõe.
**“Se eu sou o Superman, ela é Mary Jane
Nessa vida, só se vive bem
Quem vive com medo não brinca”**
O artista costura referências nerd/popcultura:
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Superman → força, poder, invencibilidade
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Mary Jane → paixão, escape, intensidade
A mensagem central:
para viver de verdade, é preciso correr riscos.
Esse trecho resume o espírito rebelde e ousado do trap.
**“Deus falou no meu ouvido que Ele era comigo, que se foda esses mano
Deus falou no meu ouvido que eu era escolhido, a 30 sempre no comando”**
Um dos versos mais profundos da música.
Matuê apresenta uma dupla dimensão espiritual:
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Proteção divina
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Escolha divina
Essa ideia de ser “escolhido” aparece em várias músicas dele, reforçando a narrativa de alguém que escapou do caos porque tinha um destino maior.
“A 30 sempre no comando” é referência à 30PRAUM, sua gravadora, simbolizando força e unidade.
**“Sente o cheiro, man, é o Tuê
Do dinheiro, man, é o Tuê”**
Esse refrão funciona como uma autoproclamação.
O cheiro, o dinheiro e o nome “Tuê” viram um mantra, reforçando a identidade do artista como líder, referência e ícone do trap.
O refrão repetido várias vezes cria atmosfera de hipnose, como um ritual, estabelecendo o “Rei Tuê” como personagem dominante.
“Fizeram um montinho… pessoas batendo… um absurdo”
A introdução final traz um áudio de confusão e violência, criando contraste entre:
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O personagem poderoso que a música apresenta
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O mundo caótico e brutal ao redor
Essa sobreposição reflete o clima do álbum XTRANHO, que mistura criatividade, confusão, espiritualidade e escuridão.
Significado geral de “Rei Tuê”
“Rei Tuê” é sobre ascensão, destino e caos.
Matuê constrói um personagem quase mítico, que não apenas domina o trap, mas também enfrenta seus próprios demônios enquanto se fortalece.
Os pilares da faixa:
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Predestinação: “a vida louca que me queria”
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Espiritualidade: “Deus falou no meu ouvido”
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Poder e identidade: “é o Tuê” repetido como mantra
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Caos e vício: drogas, violência e excessos
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Superação: de onde veio e até onde chegou
No fim, “Rei Tuê” é Matuê dizendo:
“Eu sou o escolhido. Eu assumo o trono.”
Link oficial da música = Rei Tuê
