Lançada em 25 de dezembro de 2018, a faixa “A Morte do Autotune” marcou um momento crucial na carreira de Matuê, consolidando seu estilo único dentro do trap brasileiro. Sem fazer parte de nenhum álbum, a música traz uma narrativa íntima, misturando reflexões sobre a vida, inseguranças, ambições e a relação do artista com a fama e a própria arte.
Neste artigo, vamos destrinchar o significado geral da música, analisar trechos essenciais e responder às dúvidas mais comuns dos fãs.
Significado geral de “A Morte do Autotune”
De maneira ampla, a faixa explora a dualidade entre sucesso e sofrimento. O título sugere a rejeição de efeitos artificiais — como o autotune — como metáfora para mostrar verdade e autenticidade, tanto na música quanto na vida pessoal.
Matuê compartilha sentimentos de vazio, insegurança e pressão, mas também mostra determinação e fé no próprio talento. A letra reflete a jornada de um jovem que busca paz enquanto lida com a fama, os vícios e os desafios familiares.
Análise verso a verso ou trechos principais
“Eu não sei pra onde ir, sinto um vazio por dentro / Me escondo pra fugir desse sentimento”
O início revela solidão e introspecção. Matuê abre espaço para o público se conectar com suas vulnerabilidades, mostrando que o sucesso não elimina os sentimentos humanos de confusão e vazio.
“Sentou no sofá e fumou cinco / Gramas e grana, voltou com o copo cheio de lama”
Esse trecho mistura vida de ostentação com hábitos autodestrutivos. As gírias e referências (como “cinco gramas” e “copo cheio de lama”) refletem o estilo de vida ligado à festa, drogas e excessos, muito presente no trap.
“Eu torro um mic, um telescópio, um tarugo, um charuto / E pra esses bosta que fala que meu flow não é sujo / Eu digo: Eu nunca fui de ouvir opinião de surdo”
Aqui, Matuê reforça confiança artística e rejeita críticas alheias. Termos como “torro um mic” significam destruir com habilidade no rap, enquanto “flow sujo” remete ao estilo agressivo e autêntico que ele cultiva.
“Escrevo a minha história, eu acho uma saída / A cada nova nota, uma recaída”
Refrão central da música, simboliza o ciclo de criação e recuperação. A “recaída” pode ser emocional ou relacionada a vícios, mostrando que a música é também uma forma de terapia e autoconhecimento.
“Pus mais um copo de uísque / Pra eu me intochicar, ou seria intoxicar?”
Trecho que evidencia dualidade entre prazer e dor. Matuê usa a bebida como escape, refletindo sobre como o sucesso muitas vezes leva a excessos e à introspecção.
“Lealdade acima de tudo / Só que às vezes eu vejo umas galinha / E dá vontade de pular o muro”
Este verso mistura humor e realidade das relações pessoais. “Galinha” é gíria para pessoas falsas ou traiçoeiras. Matuê mostra como a lealdade é valorizada, mas nem sempre respeitada, mantendo sua honestidade e estilo de vida.
Conclusão
“A Morte do Autotune” é uma carta aberta da mente de Matuê, mesclando vulnerabilidade, crítica social e autenticidade artística. A faixa destaca o conflito entre fama e integridade, vícios e reflexões pessoais, revelando a profundidade do trap brasileiro moderno.
➡️ Link oficial da música: A morte do autotune – Matuê
➡️ Leia também: análise de 333 – Matuê.
FAQ – Perguntas frequentes sobre “A Morte do Autotune”
1. Qual o significado da música “A Morte do Autotune”?
A faixa explora vulnerabilidade, autenticidade e os desafios da fama, refletindo sobre vícios, família e crescimento pessoal.
2. Quem produziu a música?
Produção feita por colaboradores próximos de Matuê, conhecidos por criar beats característicos do trap brasileiro.
3. A música faz parte de algum álbum?
Não, “A Morte do Autotune” foi lançada como single em 25/12/2018.
4. O que significa o título “A Morte do Autotune”?
Simboliza a rejeição de artifícios musicais para valorizar a autenticidade e o talento natural do artista.
5. Há referências a experiências pessoais?
Sim, Matuê compartilha família, inseguranças, vícios e a vida na fama, tornando a letra íntima e reflexiva.